segunda-feira, 1 de novembro de 2010

ENTREVISTANDO PAULO BORGES...

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Moda é prioridade cultural

A moda passou a fazer parte da política nacional e, portanto, será tratada como prioridade cultural no Brasil, no mesmo patamar de igualdade com as outras artes visuais como, o teatro, a música e a dança. Segundo o I Seminário Nacional de Moda – SNM, evento que aconteceu entre os dias 27 e 29 de setembro, em Salvador. Onde representantes do setor de moda de várias regiões do Brasil escolheram os membros do Colégio Setorial de Moda.
Esse colegiado especial (composto por pessoas civis de todas as 05 "macro-regiões brasileiras") será um órgão vinculado ao Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC) e constituído por 15 membros titulares e 15 suplentes, representantes da sociedade civil como, por exemplo, Paulo Borges, Ronaldo Fraga, Jum Nakao, Cristiane Mesquita, Fernando Hage (caixa de criadores/PA), dentre outros.
O colegiado também está dividido entre os três segmentos da cadeia produtiva de moda: criativo, associativo/institucional e empresarial; e ainda, contará com a participação de cinco membros do Poder Público, nomeados pelo Ministro da Cultura.
Veja a lista dos representantes escolhidos pelo site (http://www.cultura.gov.br/site/2010/10/01/setorial-de-moda), ou, blog Moda Amazônia, postado em 24 de setembro.
E a edição especial, de hoje, traz um bate-papo com o “Imperador da Moda Brasileira”, o idealizador e organizador dos desfiles do maior calendário da moda na América Latina, Paulo Borges, que faz uma análise desta nova etapa da moda no país.
Que relevância o "Seminário de Cultura da Moda" poderá proporcionar ao mercado da moda brasileira?
Paulo:
O Seminário em si, foi somente um encontro para discutir Moda no âmbito da Cultura e do Ministério da Cultura. Porém de forma histórica e inédita, elegeu-se um colegiado para a Moda que será parte integrante dentro do Plano Nacional de Cultura. Isto significa definir junto com o governo as ações e prioridades para a Moda no que se refere à Cultura no país.
Após os debates e elaborações de diretrizes para o setor, quais as possibilidades de serem aplicadas? Uma vez que não basta reconhecer a moda como parte das políticas Nacionais?
Paulo: É importante todos entenderem que este momento é o começo e não o fim. Muito deve ser feito e pensado agora. São várias as possibilidades, além e claro das oportunidades. Reconhecer a Moda como estratégia e ser desenvolvida dentro do Ministério da Cultura, é sem dúvida um fato dos mais importantes dos últimos anos.
Como representante do setor empresarial - pertencente aos três segmentos da cadeia produtiva da moda, nas eleições do Colegiado de Moda. Quais serão as suas principais propostas?
Paulo: Minhas crenças são as mesmas que venho discutindo há anos, quase 20 na verdade. As propostas já estão colocadas.
A necessidade é ampla, com muitos caminhos e prioridades. Mas como estamos falando de medidas no âmbito da Cultura, os desafios estarão no fomento e desenvolvimento da linguagem, da criatividade, da diversidade e da inovação. Além da inserção da Moda em todas as instâncias do fomento e das leis de incentivo existentes, e daquelas que por ventura surgirem.
Mudando de assunto, você e sua equipe estão organizando o desfile de moda do Shopping Boulevard – Belém, que será realizado entre os dias 17 e 18 de novembro. Poderia antecipar algumas novidades que pretende trazer?
Paulo: Já nos relacionamos há mais de 10 anos com a empresa que e sócia do Shopping Boulevard, e já fizemos o lançamento da Mag! Luxo no shopping inclusive. Este novo evento será o primeiro de muitos que virão com certeza.
Faz parte da cultura dos proprietários o fomento a moda e seu desenvolvimento. Teremos o lançamento da Mag Coleções, que vem com uma exposição de fotos em tamanho natural, com os looks mais importantes da estação lançados no SPFW e no Fashion Rio. A exposição deverá ficar por aproximadamente 15 dias. E teremos dois dias de desfiles.
Pensando no apoio que o SPFW e FR faz sobre as cotas para modelos negros nas passarelas. Haveria a possibilidade de uma modelo paraense, de beleza afro-indígena, desfilar nas passarelas de SP e RJ?
Paulo: Isto sempre é possível!!!

Você conhece bem Belém? O que mais gostou na gastronomia ou pontos turísticos?
Paulo: Eu estive em Belém por pouco tempo, apesar da minha equipe, ter ficado por um bom tempo na pesquisa e realização da Mag, mas já pude sentir como a comida é especial, das mais sofisticadas do Brasil.
E o mercado da moda paraense? Acha importante valorizar a cultura local e fazer sua leitura através da moda?
Paulo: Conheço pouco o mercado de Belém. Acho muito importante valorizar as culturas e refletir a auto estima de todos os brasileiros, e assim dar possibilidade às novas manifestações existes e as que estão por vir.
Qual a sua mensagem para os jovens criadores e modelos que pretendem ingressar e crescer no mercado da moda globalizada?
Paulo: Perseverança, paciência, muito esforço e muita sorte!!

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