A Coluna de Moda TANIA TATSCH está em novo caderno "TUDO DE BOM" (TDB) do JORNAL DIÁRIO DO PARÁ. E traz matéria sobre o estilo "Orientalismo"p/ o inverno 2012, "A Roupa Comunica", e a vitrine "Em Alta".
Orientalismo 2012
Reinvente o look
oriental fazendo mix de peças contemporâneas com as peças clássicas do closet
japonês como, por exemplo, os quimonos, as golas Mao, obis e estamparias típicas do continente asiático. Destaque
para as marcas brasileiras que apostaram nessa proposta como: André Lima, Patachou, Bianca Marques, Andrea Marques e Filhas de Gaia, na edição de inverno 2012 do Fashion Rio e São Paulo
Fashion Week.Gostou? Agora, a criatividade é por sua
conta.
A Roupa Comunica
Partindo do pressuposto de que o vestuário é também um meio de expressão
da nossa cultura, hábitos, costumes, tradições, dentre outros. Pode-se afirmar
que a moda comunica em vários canais de percepções
utilizadas pelos inúmeros subgrupos que compõem uma sociedade. E que
portanto, não dá mais para confundir moda na atualidade
- seu conceito mudou ao longo dos tempos e vai muito além das regras de etiqueta
e da ditadura do mercado da moda. Não devemos ignorar a questão histórica e
cultural.
A
tradição da China de usar vestido de noiva vermelho, por exemplo, também sofreu
interferências econômicas, políticas e culturais do ocidente, hoje, as chinesas
casam de branco ou nem querem casar. Aliás, usar uma cor (ex: vermelho) e seus
significados (ex: paixão, força, etc) independe de idade, o que deve ser
considerado é como e onde o vestuário (de qualquer outra cor) deve ser usado. Um
outro exemplo é o da presidenta Dilma Rousseff que já
apareceu várias vezes usando alfaiataria vermelha em eventos formais, sem nehum
problema de etiqueta.
As regras de etiqueta existem para eventos ou locais que pedem
formalidades como cerimoniais, trabalho, etc. Justamente para evitar possíveis
erros e más interpretações. Como aconteceu com a cantora Madonna, ao usar um
look transparente ao lado de sua filha, no Oscar. A
critica de moda pela mídia, avaliou a "cantora" ou a “mãe” usando roupa ousada
em lugar formal? O que estava sendo colocado em pauta, não era a questão da
idade, mas o bom senso, o status que a cantora tem na sociedade familiar e não
no palco. Mas, não vamos nos estender em um assunto que daria muito "pano para
manga".
É
preciso compreender que a moda não é somente a valorização da estética, prótese
imaginária e do “ser o que quiser”, é também status, estado de espírito e
qualidade de vida, logo, é perfeitamente natural encontrar pessoas com idades
diferentes de sua aparência física, digamos “conservada” - A definição de
jovialidade também se dissolveu com as barreiras sociológicas e biológicas ao
longo do avanço da medicina. Manter-se jovem e belo é um dos principais desejos
de consumo da sociedade capitalista contemporânea e lançam mão das ofertas do
setor da beleza e da moda - código do vestir que é
decodificado a todo instante, e se essa roupa comunica de alguma forma, “você é
o que você veste”!