O assunto de certa forma causou polêmica, pois virou pauta (de jornais, programas, etc) em toda a rede nacional. Trata-se da Estudante de 20 anos do curso de turismo que foi hostilizada por alunos na quinta-feira (22/10) por usar roupa curta na Uniban, em São Bernardo do Campo, no ABC.
VEJA MATÉRIA NO SITE DA GLOBO: http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1360821-5605,00-COSTUMO+USAR+VESTIDOS+CURTOS+E+CALCAS+APERTADAS+DIZ+ALUNA+HOSTILIZADA+NO+AB.html
Estamos numa época mais democrática, onde quase tudo é permitido como por exemplo, ser filmado e postar na internet e ainda ganhar seus "15 minutos" de fama (segundo previsões de Andy Warhol) pelo mundo todo.
Mas, o assunto aqui será focado no "modos do vestir". Partindo do pressuposto de que a indumentária (vestuário) e o adorno (ornamento), é também um meio de expressão da nossa cultura, hábitos, costumes, dentre outros.
A moda comunica em vários canais de percepções, utilizadas pelos inúmeros sub-grupos que compõem uma sociedade. E essa moda se disseminou através da cultura do efêmero, na contemporaneidade, pela necessidade de mudanças de tendências do mercado, exigida pela cultura do consumismo capitalista.
Para alguns a moda é vista com preconceito não pela efemeridade, mas, por estar vinculada à valorização da estética, do superficial - roupa escondendo algo - “ser o que quiser”.
Mas o que dizer desse fenômeno social recente? Onde seu sistema é proposto principalmente pelas indústrias, num processo de efemeridade com interferências do comportamento social, dentre outros fatores.
Lipovetsky em sua obra “O império do efêmero” explica o caráter da fascinação pelo novo que é enfatizado na moda atual. E que essa ambigüidade da moda está no fato de propor padrões do vestir e ao mesmo tempo da diferenciação no processo de individualização, no qual a escolha deveria ser mais subjetiva e não simplesmente se apropriar dos códigos impostos pela moda.
E a moda hoje? A jovem vê vestidos curtos propotos nas revistas de moda, nas passarelas, usados pelas celebridades, personagens de novelas, etc. E ninguém faz críticas maldosas que não ultrapassem apenas a questão da estética ( quem "fica ou não bem no vestido colado"?, se tem ou não celulite, etc). Mas, jamais desrespeitar da forma que foi feito com a estudante...
Aí fica a pergunta no ar, qual o problema de ser diferente ou vestir-se de uma forma que se diferencie?
O que realmente faltou ? Respeito é primordial...